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Canções que fazem apologia ao abuso do álcool para ''esquecer e afogar as mágoas''

  • Foto do escritor: Roberta Advogada
    Roberta Advogada
  • 5 de jul. de 2024
  • 4 min de leitura

São muitas.

E é nosso tema de hoje.

O alcoolismo é uma questão de saúde pública e um problema muito grave no Brasil.

Mesmo assim, para ganhar dinheiro (e MUITO dinheiro...!!!) inúmeros artistas não vêem problema algum em brincar com o tema e fazer apologia e incentivar o consumo exagerado de álcool para superar desilusões amorosas ou se soltar mais na balada, por exemplo.

Isso desde SEMPRE.

Vamos a alguns exemplos abaixo:



  1. Zé Neto e Cristiano (Largado às Traças)


Vou beijando esse copo, abraçando as garrafas


Solidão é companheira nesse risca faca


Enquanto cê não volta, eu tô largado às traças


Maldito sentimento que nunca se acaba…























2. Zé Neto e Cristiano (Bebida na Ferida)






3. Zé Neto e Cristiano (De long neck em long neck)






4. Zé Neto e Cristiano (Oi Balde)







O uso da expressão 'Oi, balde' é uma maneira coloquial e inusitada de se referir à pessoa amada, quase como se estivesse chamando a atenção dela de forma direta e um tanto humorística. A repetição dessa saudação ao longo da música reforça o desejo de reconexão e a urgência do sentimento de saudade.



Como sempre exaltando a bebida, aqui eu entendi o ''balde'' como sendo aqueles baldes de bebidas de combos em baladas.

Ele brinca chamando a pessoa amada de ''balde''.

A saudade vejo como saudade da pessoa e também do balde de bebidas, dos dois bebendo os baldes de combos juntos nas baladas, shows, etc. ....




5. Henrique e Juliano (Até você voltar)







6. Bebaça (Marília Mendonça feat. Maiara & Maraísa)









7. Bebi liguei (Marília Mendonça)





8. Eu Tô com Ismo (Maykow e Bruno feat. Marília Mendonça)


Uma exaltação e elogio à vida boêmia, farras, uso exagerado de álcool e pegação, além da normalização e apologia a este estilo de vida:



É cachacismo

Mulherismo

Sem vergonhismo

Todo mundo tá pegando isso

É cervejismo

Solteirismo

Baladismo

No carnaval só vai dar isso




9. Beber, cair e levantar




10. Cerveja (Leonardo)


Bebedor conhecido e assumido, Leonardo já gravou várias odes ao álcool.




11. Zuar e Beber (Leonardo)





12. Festa no Apê



A letra não tem nada a ver com a da música romena. A música original fala que ela vai resgatar uma pessoa da favela e a nossa é uma festa que está rolando no apê e muitas coisas vão acontecendo e mudando", contou. Para Latino, o hit rendeu três discos de ouro, DVD de platina, platina dupla, entre outros prêmios.8 de jun. de 2020



Latino conta que escreveu a canção inspirado em fatos REAIS.



13. Balada Louca





14. Copo na Mão (2014)



Mas depois a mulher vai para a balada, paga calcinha, faz de um tudo, sem no entanto deixar o copo cair_ mas a letra não parece criticar ou julgar através de seu narrador, que é um dos protagonistas da história (no caso, o homem), mas sim demonstra admiração por essa outra personagem, que é uma mulher livre, e ele fica encantado como ela consegue ser sensual assim, dançando até embaixo, pagando calcinha, sem no entanto se desequilibrar nem deixar o copo cair ou a bebida derramar.

Realmente, um feito.

O personagem claramente se mostra excitado e instigado por essa mulher independente e sensual, que o intriga.


''Esperou a semana inteira pra chegar na sexta-feiraPassou no salão, fez o pé e mão, agora ela tá solteiraJá é independente, sensual, mas é decenteSe ela quer, ela vai, se não quer, ela ficaEla pega seu carro, ela busca as amigasVai pra balada tomar pinga

E cai sentada no colo, deitada no chãoPagando calcinha, perdendo a noçãoE o copo? O copo ainda tá na mão!

Sentada no colo, deitada no chãoPagando calcinha, perdendo a noçãoE o copo? O copo ainda tá na mão!''




Ele ficou tão louco e encantado por essa mulher, a ponto de escrever uma canção todinha só em homenagem a ela e seu comportamento.

Bem legal!

Será que deu match? kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk







15. Copo de vinho





16. Tipo Fiona (2016)


Vai pra balada (vai pra balada)


Dirige o seu próprio carro


Chega de madrugada


É carinhosa, mas é mandona


Branca de neve passou, e a Cinderela ficou


Princesa agora é do tipo Fiona

Minha princesa, bebe cerveja


Sobe na mesa e pira o cabeção


Cara metade, minha alma gêmea


Eu sou cachaça ela é o meu limão


Minha princesa, bebe cerveja


Sobe na mesa e pira o cabeção


Cara metade, minha alma gêmea


Eu sou cachaça, ela é o meu limão


Aqui, numa clara homenagem à mulher moderna, o personagem é completamente apaixonado e admira uma mulher fora de antigos padrões machistas, uma mulher que trabalha, independente, dirige o próprio carro, bebe cerveja, sobe na mesa do bar ou balada, festas_ e ele acha tudo isso lindo, admira e não a fica podando, levando tudo na esportiva e com leveza.


Para ele, ela é uma princesa do mesmo jeito_ mesmo que do ''Tipo Fiona''.


Ela é a alma gêmea, cara metade, e juntos eles formam uma caipirinha_ ''eu sou cachaça, ela é o meu limão''.


Lindo! Apoiado!





17. Lacradora (2017)






Exalta a amizade entre uma panelinha de mulheres, regada a bebida e um suposto ''empoderamento feminino''_ mas excluindo um outro grupo, chamadas de ''inimigas'' e ''recalcadas''.

Enfim... '' Claudinha lacradora''.


18. Copo na Mesa (1971)





Copo Na Mesa

Pedro Bento e Zé da Estrada

Você está vendo aquele copo que está na mesa ao ladoParece que ainda reflete um semblante apaixonadoFoi alguém que andou bebendo por estar abandonadoHoje vive o desespero de lembrança de um passado

Você está vendo aquele copo com resto de bebidaEsse copo simboliza o fracasso de uma vidaDe uma vida que foi boa, mas ficou interrompidaPela ingratidão malvada de alguma mulher fingida

Aquele copo é o espelho meio sujo e meio embaçoEscutai a triste história que em meus versos hoje façoAquele copo reflete com algum desembaraçoA mentira de uma ingrata e a verdade de um fracasso





 
 
 

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